sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Negro e Branco




Negro e Branco
(Argentino Vidal)

Pus na terra vários seres
Cada qual com seu encanto
Muitos com muitas cores
Outros, porém nem tanto.

Variados minerais
Verdes, vermelhos, azuis, amarelos.
Multicoloridos, brancos e pretos.
Outros translúcidos cristalinos.

Pus nas aves penugens multicores.
Com lindos cantos variados
Umas magistralmente flutuam nos ares
Outras desfilam na terra e alagados.

Nas frutas eu caprichei.
Fiz com todas as cores que tinha.
Acho até que exagerei.
No principal alimento da vida.

E as flores e plantas então.
Essas são minha obra prima
Contemplam minha emoção
Nos perfumes, cor e forma.

Meus bichos reclamar não podem.
Pois eles, lindamente pintei.
E pra este jardim do éden.
Suas formas eu mesclei

Todo esse colorido mundo então.
Juntos estão em harmonia perfeita.
Cada um com sua função.
No grande projeto da vida.

Fiz o ser maior de meus sonhos
Nele não me importei com as cores
Pois maior que formatos externos
Deixei a luz de seus poderes.

Já com minha aquarela sem tinta.
Misturei o meu resto de cores
Fazendo daquilo que tinha
Duas lindas tonalidades.

Externos são claros e negros
Pro cerne compus outras cores
Para que juntas de dourados
Colorissem a almas dos seres.

Porém no fundamento do mundo que fiz.
Não entenderam as maravilhas que usei.
Pois só se preocuparam neste matiz.
Nos da pele de claro e negro que pintei.