sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Olhai o Direito de Viver de Todos
Olhai o Direito de Viver de Todos
(Argentino Vidal)
Olhando o mundo sem nenhum apelo
Marcham exércitos desumanos
Seguindo o culto ao deus do século
Séqüitos instrumentos insanos
Bandos comandados a radar
Vão criando angústia com mãos de pedra
Suando gotas de sangue ferventes
Estilhaçando vidas almas pela metra
Restando somente aos inocentes
Morte, dores, eternas cicatrizes.
E na renúncia cega da vida alheia
Procuram levar seu mastro desfraldado
Fazendo suas armas de bateia
No garimpo do poder desmedido
Usam até núcleos radiativos.
E aos ombros dos grandes poderosos
Pesam sempre lucros econômicos
Comandando o mundo impiedosos.
Sem arrependimentos nem remorsos.
Pelas miseráveis vidas decepadas.
Lamentos se as trevas ouvissem
Talvez repugnassem e alegrariam
Pois se esta infernal vida sofressem.
Talvez comparada às trevas sentiriam.
Felizes por estarem em fornos pecadores.
Olhai o direito de viver de todos
Salvai desta contaminação que assola a terra.
Dos lucros com sangue inocente dotados
Trocando a violência ridícula da guerra.
Pelo amor, a paz que todos desejamos.
Este poema foi publicado em "Antologia dos Poetas Brasileiros" Vol. 57 em 26/08/2009
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