quarta-feira, 23 de junho de 2010

Manhã de Outono



Manhã de Outono
(Argentino Vidal)

Ainda estão as buganvílias tão floridas
Exibem os Miosótis, azaléias e os manacás
Seus perfumes e suas cores deslumbrantes
Saudando orvalhada manhã de outono.

Neste mix matutino de mato verde
Uma névoa pinta em branco o horizonte
Cobrindo os cumes salientes das montanhas
De uma gelada manhã de outono.

O céu estava azul límpido e intenso
Onde o sol brilhava sem calor em eldorado.
Nos arvoredos, canários, trinca-ferros, bem te vis.
Sonoravam aquela fria manhã de outono.

Um cheiro forte de café invade o ar
Podia até senti-lo quente a fumegar
Aquecendo minha alma e meu corpo congelado
Naquela linda e clara manhã de outono.

Às vezes o tempo expõe sua magia
E numa simples manhã de outono fria
Com seu exuberante universo multi-matiz
Mostrou-me como é simples e fácil ser feliz


Este poema foi publicado em "Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos"Vol.67. pela CBJE.