segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Dança das Luzes dos Olhares



Dança das Luzes dos Olhares

(Argentino Vidal)

Brilham as luzes dos olhos
Entreolhares, seus sonhos
Umas chegam ternas, fazem-nos sonhar
Outras companheiras compartilhadas
Longos períodos, lumens intrínsecos.
Abrigam-nos, iluminam nossas almas

Brilham meus olhos
Com qual tempo durará
Brilham no que terá e no que passou.
Brilham neste que também passará incólume
Brilham naqueles benditos e divinos.
Ficando eternizados lá.

Dançam o brilho dos olhos
Os dos meus com tantos outros
Serão acasos encontrados, retornados?
Ou reencontrados de vidas dantes.
De almas dos lumens neles refletidos?
Ou apenas coincidências casuais.

Nesta louca dança das luzes dos olhos
Algumas chegam com tamanha intensidade
Que nos ofuscam, cegam nossos próprios olhos.
Não nos deixam ver as inverdades nelas contidas
Outros olhos têm brilho de menor intensidade
Porém são lumens bem mais verdadeiros
Que cegamente nem percebemos.