terça-feira, 31 de agosto de 2010

Meu Querer

Meu Querer
(Argentino Vidal)

Queria eu hoje coisas bem modestas
Acordar e te dizer bom dia
Deslizar as mãos sobre seu corpo, displicente.
Sentir em ti o resto de lavanda reticente
Despertar-te para ver o sol que brilha na janela

Queria hoje tomar contigo um café com leite
Daqueles com bastante nata suculenta.
Crocante pão de queijo e broa de fubá de milho
Sentar nas almofadas à boca da lareira quente
Escutar os estalidos desconexos do braseiro

Queria escutar uma música romântica
Carregar-te no compasso da sua canção
Apertar-te junto ao meu corpo mais ousado
Cochichar no seu ouvido frases de ternura
Embriagar nos devaneios do momento.

Queria sentar à noite na varanda
Sentir a lua nos inundar com sua fria luz
Prateando seu corpo, adornando seus cabelos
Eu queria, como eu queria.
Mas você esta distante. Inatingível.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Divinamente Eterno


Divinamente Eterno
(Argentino Vidal)

Vi no brilho de seus olhos nossa paixão
Senti queimar no coração o fogo indolor da emoção
Busquei neste regalo de nossas fantasias
Um cardápio de impetuosas iguarias.

O tempo preparou seu ritmo contesto.
Que nosso compasso por ardil pressuposto
De que à ilusão seria dominado, paralisado.
Tentamos saborear impaciente tal momento.

Para este tempo revelaram nossos corpos.
Primeiros momentos, primeiros dedicados atos.
Que marcaram para sempre um sublime amor
Que ele seja então divinamente eterno enquanto terno.