segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Geada Campesina



Geada Campesina
(Argentino Vidal)

Ocaso frio do inverno cortando a alma
A brisa adentra a minha casa suavemente
Tento me aquecer com veste quente
Do fog branco que já cobre a noite calma

Bebo forte e fumegante cafeína
Procuro na leitura romper e aquecer o tempo
No aconchego de um manto aquecido
As agruras desta noite fria

Lá fora o vento uiva forte
Enfumaça minhas janelas trepidantes
Gotas de orvalho rabiscam desenhos nos seus vidros
Vejo por eles borrado o céu entre o azul e o escarlate

No amanhecer sei que a cena será bucólica
Nos arbustos campestres gotas congeladas
É o tormento campesino das GEADAS
Realce da natureza entre a morte e vida

Na cidade a cena apenas é passageira
Vem o sol e apaga o branco e seus vestígios
Mas no campo a queima dos plantios
É sofrimento pro homem rural de vida sofrida