Geada
Campesina
(Argentino Vidal)
Ocaso frio
do inverno cortando a alma
A brisa
adentra a minha casa suavemente
Tento me
aquecer com veste quente
Do fog
branco que já cobre a noite calma
Bebo forte e
fumegante cafeína
Procuro na
leitura romper e aquecer o tempo
No aconchego
de um manto aquecido
As agruras
desta noite fria
Lá fora o
vento uiva forte
Enfumaça
minhas janelas trepidantes
Gotas de
orvalho rabiscam desenhos nos seus vidros
Vejo por
eles borrado o céu entre o azul e o escarlate
No amanhecer
sei que a cena será bucólica
Nos arbustos
campestres gotas congeladas
É o tormento
campesino das GEADAS
Realce da
natureza entre a morte e vida
Na cidade a
cena apenas é passageira
Vem o sol e
apaga o branco e seus vestígios
Mas no campo
a queima dos plantios
É sofrimento
pro homem rural de vida sofrida