sexta-feira, 18 de agosto de 2023

 Inspiração


 

quarta-feira, 16 de agosto de 2023

 Noturno


 

Sofia ( saber )
 

 Outonando




Outonando
(Argentino Vidal)

O verão se foi mais uma vez
Dele para mim, somente em mim
Não restaram sequer saudades
Agora a brisa do outono vem balsâmica
E as chagas da cárdia cicatrizam já indolores
Pouco a pouco no tempo sábio, sempre cicatrizam
E como as velhas folhas das caducas árvores
Que sempre no outono se vão da vida
Debruçam ao chão para na terra fenecer
Mostrou-me assim o renascer de nova vida
Para que outras cheias de vida e beleza
Ocupem para todo o seu lugar
E no meu pressagio de semântica premonição
Cumprirá com toda sua essência e glória
Para minha paz e felicidade plena
Outonando junto a mim.


 A Aldrava

 

A Aldrava
(Argentino Vidal)

Bateram a aldrava surrada da minha porta
Eu ainda estava na quietude da madorna matinal
Desde dantes noite dormi ainda com as estrelas
Ah a noite, nela sempre o espírito flutua nos éteres
Na busca das vidas vividas de nosso ser.

A aldrava da porta já estava quieta solitária no meu desperto
Não havia ali presente seu batedor insolente
Deixando-me no umbral desnorteado pela impaciência sua
Seria apenas o soprano vento que enganou meu sono?
Despertando-me de meus éteres fluídicos
Para a realidade da térrea matéria tornar viver? 

 As quitandas de minha Vó Lica

 

As quitandas de minha Vó Lica
(Argentino Vidal)

A brasa já queimava o forno de barro
Calor de lenha de paixão e alma
Assar o pão com queijo e biscoito araruta
Era o divino prazer da minha amada Vó Lica

Nos tabuleiros enegrecidos surrados
Deitavam os sabores das quitandas suas
Que douravam no tempo do calor rubro
As delícias que suas mãos de fada faziam

Mistura de aromas espalhavam pelo ar
Broas de fubá mimoso, rosquinhas quebra-quebra
A massa de pão crescia avermelhada
Os pães de queijo e os barulhentos de polvilho
Ainda saborosamente salivam minhas lembranças

Às vezes essas saudades lacrimejam meus olhos
Quando me lembro o seu carinho e dedicação comigo
Trazendo em sua cestinha as quitandas variadas
Para seu amado envaidecido afilhado neto.
.....Obrigado por tudo minha amada Vó Lica.

  Metáforas

 

 

 

 

 

 

 

 

Metáforas
(Argentino Vidal)

Eu quis alcançar as estrelas
Com a palma das minhas mãos
Garimpar a de brilho raro
E que eu pudesse ditar como minha

Forjo apenas uma metáfora rude
Sei que não caberiam nelas
Elas cabem somente nos meus sonhos
Cabem somente na minha mente

Dentre as estrelas dos meus sentidos
Fitada no meu infinito distante
Em qual das estrelas posso encontrar
A estrada que me ligará
No imenso que não consigo ter
Referências de você.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Minha Sombra


Minha Sombra
(Argentino Vidal)

Eu hoje deparei com minha sombra
Debruçada na calçada fria da rua
Sob holofotes de luzes terrenas
Aliás, ela sempre esteve ali do meu lado
Talvez pra me mostrar algo mais tangível
Como não a tinha visto antes?
Visto no sentido mais filosofal
Vi minha silhueta mostrada sem veste
Sem os brilhos da minha vaidade
Sem a cor e forma que quero mostrar
Apenas uma sombra, penumbra da luz
Que mostra que estou vivo porque a vejo
Nada mais. Sem o meu espírito, minha essência
Que bom se nossa sombra nos mostrasse mais
Mostrasse nossa áurea mais profunda, nossa alma
Que ficasse negra por nossa ignorância
Que ficasse opaca por nossa intolerância
Que ficasse turva pela nossa arrogância e ira
Mas que ficasse clara por nossa benevolência e irmandade
Que ficasse branca por obter conhecimento
Que ficasse prateada por compartilhar o que obtemos
Que ficasse dourada e brilhante por irradiar amor a vida
Amor a todos os irmãos dessa nossa trajetória
Talvez assim pudéssemos controlar um pouco mais
O nosso eu, o nosso egoísmo
Pois a nossa alma estaria mais visível
Mais à mostra.

Super Lua



Super Lua
(Argentino Vidal)


Pinta de prata nossa alma
Deixe-a então vagar nossos olhos extasiados
A divindade nos brindou de rara beleza
Nesta obra de arte fulgurante

Pinta de prata os oceanos
Encantam em regalo os longínquos navegantes
Que solitários em altos mares
Podem em azimute mar tocá-la?

Pinta de prata nossas casas
Adentra as janelas silenciosa e fria
É obra de contemplação Inspiradora
Para poetas e amantes enamorados.

Pinta de prata nossa vaidade
Se podemos tê-la por merecimento?
Se nos é permitido degustar tamanho brilho?
Um presente que só um Pai maior
Com certeza o maior de todos os poetas
Pode a seus filhos amados presentear.

Encontro




Encontro
(Argentino Vidal)


Encontrei em você
Um amor verdadeiro
Entreguei-me a ele
Sem pensar, por inteiro

Encontrei em você
Minha paz, linda luz
Iluminando minha áurea
O brilho que me seduz

Vi em você
Minha gema preciosa
O rubro rubi radiante
Minha rubra perfumada rosa

Pensando em Você


















Pensando em Você
(Argentino Vidal)

Pensei em você
Nos sonhos vividos
Rascunhos do espírito
Plantados na alma

Pensei em você
Subi nas estrelas
Voei no infinito
Do seu universo

Pensei em você
Beijei nos seus beijos
Amei no seu âmago
O doce prazer

Pensei em você
Como acorde perfeito
Das notas de uma canção
O compasso do meu ser

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Geada Campesina



Geada Campesina
(Argentino Vidal)

Ocaso frio do inverno cortando a alma
A brisa adentra a minha casa suavemente
Tento me aquecer com veste quente
Do fog branco que já cobre a noite calma

Bebo forte e fumegante cafeína
Procuro na leitura romper e aquecer o tempo
No aconchego de um manto aquecido
As agruras desta noite fria

Lá fora o vento uiva forte
Enfumaça minhas janelas trepidantes
Gotas de orvalho rabiscam desenhos nos seus vidros
Vejo por eles borrado o céu entre o azul e o escarlate

No amanhecer sei que a cena será bucólica
Nos arbustos campestres gotas congeladas
É o tormento campesino das GEADAS
Realce da natureza entre a morte e vida

Na cidade a cena apenas é passageira
Vem o sol e apaga o branco e seus vestígios
Mas no campo a queima dos plantios
É sofrimento pro homem rural de vida sofrida

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Primavera


Primavera
(Argentino Vidal)

A primavera chegou novamente
Flores e perfumes invadem o ar
Exibem as árvores suas multicores
Revoam insetos e pássaros famintos
Dos néctares adocicados

Na primavera a vida se torna viva
Osquestram cânticos da natureza
Brilham mais o sol e a lua
As estrelas luminam argentinas
Ficam mais os casais enamorados

A primavera evoca paixão
Sentimos nossas almas mais sublimes
Emergem de nossas áureas raios de luz
E como fazem os famintos seres pelo néctar
Buscamos nossas amadas flores musas